Tal como prometido, deixamos agora as conclusões da segunda parte da entrevista ao presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, Gonçalves Sapinho.
Começámos por informá-lo das conclusões dos questionários efectuados à população. Referimos os pontos fortes de S. Martinho do Porto (sossego e beleza natural) e os pontos fracos (falta de atracções e de animação). De seguida apresentámos as sugestões da população para o melhoramento da vila: despoluição da baía, melhoramento da escola e construção de um hipermercado, de discotecas e bares, de piscinas municipais e de um anfiteatro e da criação de uma associação recreativa.
Falámos-lhe também sobre o nosso projecto de juntar uma piscina e um anfiteatro num só edifício. Quanto a este assunto, para além das objecções já referidas para a construção tanto das piscinas como do anfiteatro, levantou mais uma: a dificuldade de conseguir encontrar alguém interessado em investir em ambos os projectos.
Finalmente questionámo-lo quanto a uma possível restauração e reabertura do Hotel Parque, como forma de atrair turismo de qualidade. Respondeu-nos que gostava de o ver reconstruído. No entanto, o edifício é particular e, portanto, qualquer investimento na sua restauração tem que partir do seu proprietário e há que ter em consideração se o investimento será ou não rentável. De qualquer das formas, garantiu-nos que a Câmara Municipal não autorizará qualquer eventual proposta para a sua demolição.
Para concluir, o Sr. Gonçalves Sapinho acedeu em contribuir para a divulgação do nosso projecto.
Na passada quinta-feira fomos, como já foi referido, entrevistar o presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, Gonçalves Sapinho. A entrevista foi dividida em duas partes: uma sobre os projectos em desenvolvimento em S. Martinho do Porto e outra em que discutimos as nossas sugestões. Apresentamos aqui as conclusões da primeira parte da entrevista.
Iniciámos a entrevista questionando o Sr. presidente sobre a existência e a utilização dos potenciais. Ele disse-nos que S. Martinho possui potencialidades ilimitadas no campo do turismo, tendo ainda muito a explorar como por exemplo: despoluição da baía, iluminação e os aspectos estéticos do paredão.
No que se refere á despoluição da baía, disse-nos que a maior dificuldade está em limpar todos os efluentes que chegam à mesma. Para tal está em vigor um projecto para a construção de três ETAR’s, uma grande e as outras em menor escala, todas relativamente distanciadas. Uma das pequenas já está construída perto da baía (um investimento de muitos milhões de euros, fundos disponibilizados pela União Europeia), com a função de reter a maior quantidade possível de lixos. As outras duas que restam, estando uma em construção, destinam-se á suinicultura, eliminando os efluentes em curso. Foi já realizado um desassoreamento, mas este é apenas um pormenor que pouca diferença fez.
Em relação á iluminação da marginal, os focos encontram-se momentaneamente desligados, até à finalização das obras. Foram ainda referidos os projectos em desenvolvimento de requalificação da marginal, e outros com o mesmo intuito de melhorar os aspectos estéticos de São Martinho: o tratamento das dunas e o passeio pedonal sobre as mesmas, por exemplo.
Seguidamente questionámo-lo acerca dos actuais projectos em desenvolvimento na vila. Foi-nos referida a construção do elevador no Largo José Bento da Silva (conhecido por Adro) e a conclusão das obras nas ruas adjacentes á marginal.
Para o futuro estão previstos:
Posteriormente interrogámos o Presidente sobre o projecto para a construção de campos de golf em S. Martinho do Porto, do qual tomámos conhecimento através do jornal "Região da Nazaré". Informou-nos que os campos de golf se vão situar nos campos entre São Martinho e Alfeizerão. Serão construídos dois hotéis, cada um com um campo de golf de nove buracos. Este investimento parte de particulares e é apoiado da Câmara Municipal, pois promove o turismo e traz novos empregos.
O Sr. Gonçalves Sapinho disse-nos que a maior necessidade da vila é a adapatação da população ao crescente fluxo de turismo que se prevê continuar a progredir exponencialmente. Falou-nos também da construção de mais estabelecimentos comerciais e restaurantes, evidenciando ainda que os investimentos nestas áreas foram maiores nos últimos três anos do que nos anteriores cinquenta.
Quanto ao parque de campismo foi-nos dito que há muitos interesses em jogo, pessoas que investiram naquele lugar e que não têm qualquer culpa das ilegalidades do mesmo, pelo que o seu futuro tem sido adiado, enquanto se procura encontrar a melhor solução. Acabar com ele está fora de questão, pois é importante para o turismo, embora se considere a hipótese de o transpôr para outro local.
Voltaremos em breve com as conclusões da segunda parte da entrevista.
Tal como já foi enunciado anteriormente, na passada 5ª feira entrevistámos o Senhor Ernesto Feliciano (ex concorrente à presidência da junta de freguesia).
Iniciou-se a entrevista questionando-o sobre a existência e utilização dos potenciais da vila. O Sr. Ernesto Feliciano disse-nos que a vila tem bastante potencial mas a beleza natural não estava a ser bem aproveitada, podendo haver mais animação, emprego e atracção jovem.
Seguidamente questionou-se que projectos o senhor tinha em mente quando concorreu á presidência da junta de freguesia. Este salientou-nos que o mais importante era investir no Turismo de qualidade, pois ia atrair mais população á vila, não só em época de Verão, como também no Inverno, trazendo então mais postos de trabalho. Com o Turismo era importante promover actividades que envolvessem as várias faixas etárias, como por exemplo: concursos de bandas, semanas gastronómicas e desportos náuticos (remo e vela). A nível ambiental é importante continuar com o processo de despoluição da baía. Finalmente a nível de construções, o entrevistado concorda com as obras da marginal, devido ao melhoramento do saneamento e do aspecto mais atractivo para os turistas. Por outro lado, discorda que seja permitido, pelo plano pormenor, a construção de prédios de quatro andares, defendendo que edifícios destas dimensões perturbam a estética da baía imediatamente em frente. É importante referir, segundo nos foi dito, que as construções não partem da junta de freguesia ou da câmara municipal, mas sim do investimento de empresas particulares.
O Sr. Ernesto Feliciano disse-nos que o fundamental para o melhoramento da vila era a construção do centro de saúde, porque este proporcionaria uma maior qualidade de vida à população.
Em segundo lugar na lista de prioridades colocou o Turismo, sugerindo a construção de um grande parque de estacionamento ao lado do parque de campismo e vários, menores, no interior da vila. Uma vez que o grande parque de estacionamento se encontraria no extremo da vila, poderia recorrer-se a um comboio turístico, que percorresse os principais pontos turísticos. A iluminação da marginal também não é a melhor, tendo em conta que os candeeiros altos iluminam os prédios, em vez de iluminarem o paredão. Também os pequenos focos que apontam para a praia encontram-se de momento desligados, sem razão aparente. Para inovar a imagem da vila, foi sugerido iluminar o morro do farol com focos colocados na sua base.
Em terceiro e último lugar, a Câmara Municipal devia promover eventos culturais e desportivos.
Para por as suas ideias em prática eram necessários investidores, fornecendo principalmente comércio e emprego, e a colaboração da população. É também necessário calcular bem os gastos e os lucros, o que não aconteceu no investimento feito no terreno onde foram realizadas as festas de Santo António, pois este é privado e está actualmente a ser utilizado para a construção de apartamentos. Assim, os gastos efectuados a nível de limpeza e alcatroamento foram em vão.
Finalmente, falámos sobre o destino do Parque de Campismo. Este não esta legal, devido á falta de licença. Não havendo melhorias do mesmo este acabará por fechar. Na opinião do ex candidato á presidência da Junta de Freguesia, o Parque de Campismo devia de ser projectado noutro local.
Voltaremos com mais informações.